segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Notas de Redação do Enem, Abaixo da Média em 2013, Tendem a se Repetir em 2014

O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) realizado nos dias 8 e 9 de novembro deste ano, ainda não teve seus resultados divulgados. Contudo, o órgão responsável pela correção das provas de alternativa e redação exibiu nesta segunda (22 de dezembro de 2014) dados da prova de 2013, que comprovam que alunos de mais de 4984 instituições escolares obtiveram nota abaixo de 500 no desempenho de suas redações. Isto é, não atingindo, portanto, a média estipulada pelo Ministério da Educação e outros organizadores do exame.
Foram divulgadas também a maior (869) e a menor (196,67) média em redação, registradas ainda no ano passado. 
O INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) é a autarquia responsável pelo encaminhamento de tais pesquisas relacionadas aos resultados do exame, que, por fim, vêm demonstrando algumas preocupações como: se o desempenho dos alunos em 2014 tende ou não a melhorar e qual é o verdadeiro papel que a escola tem desenvolvido na vida educacional dos mesmos atualmente. 
Os resultados de 2014 serão divulgados apenas na primeira quinzena do mês de janeiro de 2015 e só então será possível tomar conhecimento sobre essa classificação do sistema educacional brasileiro como um todo, baseado nas provas de aluno por aluno.

RESULTADO ENEM 2014

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Porto de Mariel, em Cuba, é a Nova Onda do Governo Brasileiro.

Inaugurado em Cuba, com a presença da presidente Dilma Rousseff, em uma segunda-feira (27 de janeiro de 2014), o Porte de Mariel recebeu em torno de 682 milhões de dólares como financiamento do BNDES e teve suas obras estruturadas pela famosa construtora Odebrecht, em parceria com a cubana Quality. Tal fato, desencadeou uma série de indignações por parte da sociedade ao longo desse ano eleitoral. Entretanto, para a grande maioria dos especialistas em políticas econônicas, o governo brasileiro estaria correto em investir em Cuba, pois, dessa forma, ampliaria o seu alcance de comércio e a sua área de influência.
O porto é considerado de extrema sofisticação e tem a capacidade para receber navios que vão transitar, inclusive, pelo Canal do Panamá, assim que este tiver suas obras de ampliação concluídas.
O valor total da obra  de Mariel chega a bater a faixa de 957 milhões de dólares. Todavia, vale lembrar que a mesma basicamente "se pagou", pois, desses, 802 milhões investidos foram gastos no Brasil com a compra de bens e serviços brasileiros. Isto é, pelos cálculos da construtora, tal valor gerou cerca de 156 mil empregos diretos, indiretos e até induzidos no país.
Segundo a presidente, o Brasil quer se tornar um parceiro econômico de primeira ordem em Cuba, uma vez que os índices de exportações brasileiras duplicaram na região durante as últimas décadas. O valor das exportações tem alcançado cerca de 450 milhões de dólares e coloca o país como o terceiro maior parceiro de Cuba, perdendo apenas para a China e a Venezuela. Porém, esse valor pode ser eventualmente aumentado se a economia cubana deixar de ser rudimentar e o seu mercado for considerado de muito potencial para empresas brasileiras futuramente. O porto seria então a chave para essa mudança na economia.
Já com relação à outros países, ainda se encontra em vigor um embargo econômico norte-americano a Cuba, ampliado no ano de 1999 pelo presidente Bill Clinton e que tinha como objetivo proibir as filiais estrangeiras de companhias estadounidenses de comercializar com Cuba a valores superiores a 700 milhões de dólares anuais. O embargo, contudo, é declarado como insustentável a longo prazo, pois esse isolamento cubano prejudica as relações dos Estados Unidos com outros países latino-americanos.
O então presidente norte-americano Barack Obama é favorável ao fim do embargo e chegara até mesmo a pedir uma atualização no seu relacionamento com Cuba. Independente disso, a Casa Branca ainda não teve como derrubá-lo por conta de uma forte pressão exercida pela bancada latina, considerada "linha-dura", no Congresso. Dessa forma, o Brasil seria visto com um dos países mais bem posicionados para se beneficiar de uma possível queda dele, devido à sua posição geográfica e a esse vácuo dos Estados Unidos nas relações cubanas.
A estratégia do governo brasileiro de investir, para já estar em Cuba quando o embargo cair, tem se mostrado correta e, assim prevalece o interesse nacional do Brasil.


POR: HELOISA SANTOS

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A Propagação da Violência Escolar: da falta de Políticas Educacionais à Falta de Segurança Pública

Atualmente, um dos temas que tem se destacado na sociedade e, também na mídia, é a propagação, em proporções devastadoras, da violência escolar, tanto por falta de políticas educacionais eficientes, quanto pela falta de segurança pública, que geralmente proporciona aos moradores de áreas mais desprovidas de recursos, um maior contato com tamanha violência, até que essa chegue às escolas.
Antigamente, a escola era vista como uma segunda casa para os seus alunos, uma instituição essencial, formadora de opiniões e desenvolvedora de conhecimento. Todavia, essa sua valorização social tem caído no esquecimento devido ao fato de os alunos, cada vez menos interessados em aprender, passarem a exaltar e não erradicar a força bruta e ofensiva em meio à seus outros companheiros de classe. Isto é, as agressões vêm ocorrendo de forma cada vez mais frequente.
Em uma pesquisa realizada no ano de 2013, foi comprovado que boa parte dos motivos que acarretam a divergências e brigas de força física dentro das escolas eram considerados torpes, banais. Por esse motivo, algumas escolas têm buscado tomar medidas de prevenção contra tantos possíveis ataques entre as crianças. Uma das mais corriqueiras é o acionamento ao conselho tutelar com base no histórico escolar e, até mesmo, familiar do aluno agressor, já que muitos desses normalmente sofrem tais influências negativas dos familiares antes de praticá-las na escola, ou apresentam traumas psicológicos. 
Uma outra medida que poderia ser tomada por parte do governo e das escolas seria a introdução de profissionais especializados para orientar e afastar a violência intrínseca no indivíduo, seja através  de atividades sociointeracionistas, controle comportamental, entre outros. 
Desse modo, é possível compreender que a prática da violência nas escolas atinge proporções que vão além da vida escolar de cada aluno e para que isso seja amenizado, é preciso, não só de uma iniciativa do governo dentro das escolas, mas sim, proporcionando uma modificação na segurança pública à fim de diminuir os índices de violência. E como a própria educação, as iniciativas devem começar em casa, mundando o estilo de vida, inclusive, dos próprios pais.



POR: HELOISA SANTOS

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A Problemática das Contas Públicas Gera Confusões em Brasília

Um dos temas políticos que mais tem chamado atenção nos últimos tempos é o enorme descontrole fiscal por parte do governo brasileiro. Isto é, além de gerar protestos populares no Congresso Nacional, tem se tornado facilmente o motivo de brigas, discussões internas e ataques de partidos aliados.
De acordo com alguns pesquisadores, a problemática de tal descontrole se dá devido ao fato de a atual administração do Governo Federal ter se esquivado e não tomado as devidas rigorosidades fiscais necessárias. Tudo isso ocorre com base em alguns fatores. O primeiro deles seria o chamado "superávit" da balança comercial, que declara que o país deve gastar um valor inferior ao que arrecada, uma vez que possui uma dívida pública equivalente a 62% do PIB. Logo, subentende-se que é preciso estabelecer o cumprimento do "superávit primário" ou "meta fiscal", que se caracteriza como uma economia para o pagamento de juros da dívida, pois, caso o governo não consiga economizar, passa a contrair novos empréstimos a fim de quitar essa dívida, gerando assim uma espécie de ciclo vicoso.
Já que para manter a economia em dia é preciso cumprir essa meta fiscal, vale lembrar que a mesma só pode ser aprovada em Congresso Nacional no início de cada ano, com base na Lei de Diretrizes Orçamentárias. A não ser que o governo preveja que não conseguirá alcançar o seu cumprimento conforme a Lei e precise mudá-la antes do término do ano. Todavia, essa previsão negativa basicamente ocorreu em 2014 e o cenário econômico atual tem mostrado que, devido à tantos problemas fiscais, o Brasil corre o sério risco de perder o seu elevado grau de investimento, que garante que é não somente um bom credor, mas também um bom pagador aos seus credores.
O real motivo das divergências geradas no Congresso é que a cada ano, o país tem utilizado algumas manobras contábeis para não ser demonstrado no balanço do Tesouro Nacional o quanto foi incapaz de economizar para o cumprimento da meta fiscal.  A Petrobras, o BNDES e os bancos públicos, por exemplo, têm sido usados como veículos importantíssimos para empreender tais manobras. Desse modo, é possível evidenciar que como o governo, devido à desaceleração da economia e a falta de novas manobras contábeis cabíveis, se apresenta descontrolado, almeja, de prontidão, uma mundança na Lei de Diretrizes, e esse projeto é o que está em pauta no Congresso Nacional brasileiro. Porém, alguns parlamentares são contra essa mudança, pois acreditam que além dela declarar nitidamente a incompetência do governo atual, também garante que a meta fiscal, infelizmente, não seria cumprida nos anos subsequentes.
Para muitos, a tentativa de aprovação do novo projeto só seria bem sucedida caso o governo em questão tenha como base aliada a Câmara dos Deputados e o Senado durante as votações.
Esse projeto de alteração da Lei, ou seja, essa nova manobra fiscal não muito disfarçada, ao ser aprovada, passa, então, a cumprir, de fato, o estabelecido para o governo ainda este ano. E o não cumprimento dessa Lei de Diretrizes fere os conceitos de uma outra norma, a Lei de Responsabilidade Fiscal, que garante que podem ser aplicadas sanções penais como a perda do mandato, por exemplo.
Em linhas gerais, isso representa apenas que os políticos brasileiros em voga não devem ter desejo algum de deixar o poder e que, portanto, o projeto precisa ser aprovado em prol de diversos interesses deles.




Por: HELOISA SANTOS

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O jovem e a política ..

Bem-vindo Dezembro! 

Iniciamos mais um mês, e assim, mais um ciclo no #DiárioEleitorando. Venho aqui para me despedir e saudar nossos queridos leitores. Fico a cada dia mais feliz em saber que este projeto continua e que gradativamente ele alcançara o objetivo de inclusão do jovem na política. Ressalto que nosso projeto surgiu com a ideia de sete estudantes que batalharam e estudaram o tema durante um ano, elaborando pesquisas, fazendo companhas, divulgando o projeto, tudo isso com a intenção de que os jovens fossem as urnas expressar a sua vontade e demostrar sua participação, mesmo assim, a um tempo atrás foram divulgados dados do TSE que nos deixaram decepcionadas. Cai cada vez mais o número de jovens votantes entre 16 e 18 anos, os mesmos só praticam o sufrágio puramente por obrigação. Sabemos que a política está toda desordenada, mas, não podemos perder nossa esperança na mudança.  A luta está apenas começando e talvez os jovens não saibam da força que os mesmos possuem, bem como não sabem dos direitos que tem de intervenção na política. Entre essas e outras, o projeto continua, de passo a passo chegaremos lá! 
Para quem não sabe, o voto aos 16 anos foi uma conquista do movimento estudantil, incorporada à Constituição de 1988. Entre o fim da década de 1980 e o início da seguinte, estudantes e jovens, de um modo geral, demonstravam interesse na vida política nacional e desejo de se manifestar, por meio do voto, sobre os rumos do país. No entanto, essa vontade de participar tem diminuído. Mesmo amparados pelo artigo IV da Constituição Federal, que garante aos maiores de 16 anos o direito ao voto, na prática, nem sempre isso acontece. Há cinco anos havia 3,6 milhões de eleitores de 16 e 17 anos no Brasil. Em 2008 o número chegou a 2,9 milhões, redução de 19%.
Para o analista e cientista político Paulo Vannuchi, é "preocupante" também a queda na porcentagem de jovens entre 16 e 17 anos que tiraram título de eleitor para a eleição de 2014 em relação ao pleito anterior. Nas eleições de 2010, 35% dos jovens que têm direito facultativo ao voto emitiram o título, mas, neste ano, apenas 23% fizeram o mesmo, segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Há uma queda muito forte. Essa notícia é preocupante, embora mais ou menos já fosse esperada. O Brasil dos últimos anos revelou que uma parcela participativa dos jovens não tem interesse na luta eleitoral", avalia, em seu comentário para a Rádio Brasil Atual. O analista entende que o dado não surpreende porque, durante as manifestações de 2013, a palavra de ordem "você não me representa!", direcionada aos políticos brasileiros, foi recorrente entre os jovens.
Vanucchi considera que este cenário é o contrário do país de 30 anos atrás, quando a juventude lutava pelo fim da ditadura civil-militar e pelo direito ao voto. "Quando o Brasil saía do sufoco da ditadura, teve na juventude um grande impulsionador que entendeu a necessidade de votar, que fez as Diretas Já, fez o impeachment do Collor", diz.
Se números assim permitem constatar o desinteresse do jovem no exercício de um direito seu, é o caso de perguntar as razões desse fato. Por que os jovens parecem ter perdido o interesse pela política? O que explica o crescente número de jovens que não faz questão de tirar o título de eleitor e de votar? Alguns dizem que não se sentem preparados para exercer o voto ou veem o descaso e a falta de compromisso dos políticos brasileiros como um dos principais motivos para seu desinteresse em votar.
Dessa forma é fundamental também que o jovem se informe, estude, se atualize e não caia nas propagandas e campanhas eleitoreiras. Sim, o ato de votar é um dever para o jovem, como também, a responsabilidade pelos próprios atos. Mesmo assim, a falta de informação ou, até mesmo, de interesse pelo futuro da sociedade faz com que muitos jovens não cheguem às urnas ou cheguem sem opinião formada.
Mas, de quem é a culpa? Infelizmente, o cenário é realmente desalentador: A cada eleição, a cada escândalo a decepção aumenta o distanciamento dos jovens em relação à política, o que é um péssimo sinal para o futuro de nosso país, pois é em sua juventude que uma nação credita suas maiores expectativas de transformações futuras. Em quem iremos depositar nossas esperanças se não acreditarmos que os jovens poderão fazer do Brasil um país melhor, mais justo, solidário e verdadeiramente democrático?
E como prepará-los para tal missão? Tudo começa dentro de casa, quando podem começar a ter responsabilidades de participação na própria família. Depois passam para o contexto da escola, onde influenciam nas decisões em sala de aula, ajudando a dar mais qualidade ao processo de ensino-aprendizagem e mais vida ao ambiente escolar. Com a ajuda da escola ou da família, estes adolescentes podem monitorar as políticas públicas e ajudar a disseminar o que está dando certo e sugerir formas de melhorar a situação da infância e adolescência, por exemplo.
O voto é um direito de participação política e social do adolescente que merece ser estimulado e fortalecido. Sendo assim, todo adolescente tem o direito de participar das decisões que afetam sua vida e da comunidade, e o voto é uma maneira de ele ser protagonista, mas também responsável pelo rumo das políticas públicas. Para isso, é essencial ele se informar, discutir com outros adolescentes, fazer uma escolha livre e consciente e, depois, acompanhar a atuação dos gestores públicos.

“Liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo dela.”
(George Bernard Shaw)



Confira uma iniciativa do TSE para o público infanto-juvenil poder aprender mais sobre eleições com material da Escola Judiciária do TSE ..  



Gabriela Beloti,

Até logo!