quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Porto de Mariel, em Cuba, é a Nova Onda do Governo Brasileiro.

Inaugurado em Cuba, com a presença da presidente Dilma Rousseff, em uma segunda-feira (27 de janeiro de 2014), o Porte de Mariel recebeu em torno de 682 milhões de dólares como financiamento do BNDES e teve suas obras estruturadas pela famosa construtora Odebrecht, em parceria com a cubana Quality. Tal fato, desencadeou uma série de indignações por parte da sociedade ao longo desse ano eleitoral. Entretanto, para a grande maioria dos especialistas em políticas econônicas, o governo brasileiro estaria correto em investir em Cuba, pois, dessa forma, ampliaria o seu alcance de comércio e a sua área de influência.
O porto é considerado de extrema sofisticação e tem a capacidade para receber navios que vão transitar, inclusive, pelo Canal do Panamá, assim que este tiver suas obras de ampliação concluídas.
O valor total da obra  de Mariel chega a bater a faixa de 957 milhões de dólares. Todavia, vale lembrar que a mesma basicamente "se pagou", pois, desses, 802 milhões investidos foram gastos no Brasil com a compra de bens e serviços brasileiros. Isto é, pelos cálculos da construtora, tal valor gerou cerca de 156 mil empregos diretos, indiretos e até induzidos no país.
Segundo a presidente, o Brasil quer se tornar um parceiro econômico de primeira ordem em Cuba, uma vez que os índices de exportações brasileiras duplicaram na região durante as últimas décadas. O valor das exportações tem alcançado cerca de 450 milhões de dólares e coloca o país como o terceiro maior parceiro de Cuba, perdendo apenas para a China e a Venezuela. Porém, esse valor pode ser eventualmente aumentado se a economia cubana deixar de ser rudimentar e o seu mercado for considerado de muito potencial para empresas brasileiras futuramente. O porto seria então a chave para essa mudança na economia.
Já com relação à outros países, ainda se encontra em vigor um embargo econômico norte-americano a Cuba, ampliado no ano de 1999 pelo presidente Bill Clinton e que tinha como objetivo proibir as filiais estrangeiras de companhias estadounidenses de comercializar com Cuba a valores superiores a 700 milhões de dólares anuais. O embargo, contudo, é declarado como insustentável a longo prazo, pois esse isolamento cubano prejudica as relações dos Estados Unidos com outros países latino-americanos.
O então presidente norte-americano Barack Obama é favorável ao fim do embargo e chegara até mesmo a pedir uma atualização no seu relacionamento com Cuba. Independente disso, a Casa Branca ainda não teve como derrubá-lo por conta de uma forte pressão exercida pela bancada latina, considerada "linha-dura", no Congresso. Dessa forma, o Brasil seria visto com um dos países mais bem posicionados para se beneficiar de uma possível queda dele, devido à sua posição geográfica e a esse vácuo dos Estados Unidos nas relações cubanas.
A estratégia do governo brasileiro de investir, para já estar em Cuba quando o embargo cair, tem se mostrado correta e, assim prevalece o interesse nacional do Brasil.


POR: HELOISA SANTOS

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